“Os Padres da Igreja amavam comparar os Santos Apóstolos Pedro e Paulo a duas colunas, sobre as quais se apoia a construção visível da Igreja. Eles sigilaram com o próprio sangue o testemunho de Cristo com a pregação e o serviço à comunidade cristã nascente. Este testemunho é evidenciado nas leituras bíblicas da liturgia de hoje, que indicam o motivo pelo qual a sua fé, confessada e anunciada, foi coroada com a prova suprema do martírio.”
O Livro dos Actos dos Apóstolos, prosseguiu Francisco, conta o evento da prisão e libertação de Pedro. "Ele experimentou a aversão ao Evangelho em Jerusalém onde foi preso por Herodes que tinha a intenção de apresentá-lo ao povo, mas foi salvo de forma milagrosa e pode levar a termo a sua missão evangelizadora, primeiro na Terra Santa e depois em Roma, dedicando todas as suas forças ao serviço da comunidade cristã."
Paulo também experimentou hostilidades e foi libertado pelo Senhor. Enviado por Jesus à várias cidades junto às populações pagãs, “ele, reiterou o Papa, encontrou resistências fortes por parte dos seus correligionários e também da parte das autoridades civis. Escrevendo ao discípulo Timóteo, reflecte sobre a própria vida, o percurso missionário e também sobre as perseguições sofridas por causa do Evangelho”.
“Estas duas libertações, de Pedro e de Paulo, revelam o caminho comum dos dois Apóstolos que foram enviados por Jesus a anunciar o Evangelho em ambientes difíceis e em certos casos hostis. Ambos, com as suas vidas pessoais e eclesiais, nos mostram e nos dizem, hoje, que o Senhor está sempre ao nosso lado, caminha connosco, nunca nos abandona. Especialmente no momento da provação, Deus nos estende a mão, nos ajuda e nos liberta das ameaças dos inimigos. Devemos por isso lembrar que o nosso inimigo verdadeiro é o pecado, e o maligno nos empurra para isso.”, disse o Santo Padre.
Segundo o Papa, “quando nos reconciliamos com Deus, especialmente no Sacramento da Penitência, recebemos a graça do perdão, somos libertados dos vínculos do mal e aliviados do peso dos nossos erros. Assim, podemos continuar o nosso percurso de anunciadores alegres e testemunhas do Evangelho, mostrando que nós recebemos, por primeiro, a misericórdia”.
“A nossa oração hoje à Virgem Maria, Rainha dos Apóstolos, é sobretudo pela Igreja que vive em Roma e por esta cidade que tem como padroeiros os Santos Pedro e Paulo. Que eles obtenham para essa cidade o bem-estar espiritual e material. A bondade e a graça de Deus sustente todo o povo romano para que viva em fraternidade e concórdia, fazendo resplandecer a fé cristã, testemunhada com coragem pelos Santos Apóstolos Pedro e Paulo”, concluiu dizendo Francisco. Fonte: http://pt.radiovaticana.va