O Papa Francisco quebrou o protocolo durante a sua visita neste final de semana a Milão ao entrar em um banheiro químico em um bairro marginal, um gesto espontâneo que foi captado pelas câmeras e o público ali presente para ver o Pontífice.
A informação é publicada por Religión Digital, 25-03-2017. A tradução é de André Langer.
Francisco chegou neste sábado, 25 de março, pela manhã, ao aeroporto de Milão para visitar o bairro popular de Casas Brancas, situado na periferia dessa cidade italiana. “A Igreja necessita sempre ser restaurada, porque é feita por todos nós, que somos pecadores. Deixemo-nos restaurar por Deus, por sua misericórdia. Deixemos que limpe o nosso coração”, disse o Pontífice.

A primeira etapa da sua visita à capital financeira da Itália começou na periferia mais marginalizada e Francisco agradeceu “o dom da acolhida na entrada de Milão, encontrando rostos, famílias e uma comunidade”. Neste bairro, Francisco passou cerca de uma hora saudando os moradores e depois entrou na casa de três famílias.
Trata-se de Dori Falcone, de 57 anos, e de seu marido Lino Pasquale, de 59 anos, que sofre de epilepsia, o que o deixou com graves sequelas físicas e neurológicas. Também visitou a casa de Mihoual Abdel Karin e sua esposa Tardane Hanane, que moram no segundo andar do número 40 com seus três filhos de 17, 10 e 6 anos, e vieram do Marrocos em 1989.

De maneira privada, sem a presença das câmeras, Francisco também esteve alguns minutos na casa do casal formado por Nuccio Oneta, de 82 anos e gravemente doente, e Adele Agogini, de 81 anos, praticamente cega.

Jorge Bergoglio recordou novamente que a Igreja não deve ficar “no centro, à espera”, mas precisa ir ao encontro de todos “nas periferias, aos não cristãos e aos não crentes”. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br