Foto: Igreja do Carmo de Angra dos Reis/RJ. (Frei Petrônio de Miranda, O. Carm)

Entenda porque cobrimos as imagens no tempo quaresmal

Este é um costume muito antigo na história da Igreja. Remonta ao século sétimo indicando um luto antecipado pela morte do Senhor. As imagens são cobertas com um tecido roxo. É uma prática facultativa. O crucifixo é descoberto na sexta-feira da paixão na adoração da Santa Cruz, e os santos na Vigília Pascal. Trata-se de um ato exterior que estimula um ato interior. A atitude da penitência representa pela cor roxa, o arrependimento, a conversão, a mudança de vida.

Quando se cobre as imagens a igreja nos ensina que estamos em um tempo diferente. Além das imagens também tira se as flores do altar, silencia um pouco os instrumentos, suprime o, aleluia não se canta o glória, e as celebrações são mais sóbrias convidando as pessoas a também cobrirem-se, mas espiritualmente para fazerem um exame de consciência, examinarem se, e pedirem de modo especial para mudarem de caminho. Para tal mudança é preciso o arrependimento, o perdão dos pecados, o bom propósito de não pecar mais, e nesta época em especial Jesus nos ajuda a obter este perdão, pois a primeira palavra que Ele falou no alto da cruz foi uma palavra de perdão: “Pai, perdoai-lhes eles não sabem o que fazem.” (Lucas 23,34).

Hoje cobrimos as imagens para simbolizar o período de penitência que estamos vivendo. Na sua paixão foi Jesus que nos cobriu com o manto todo especial, não roxo, mas vermelho era o manto de seu sangue, cobria a multidão dos pecados da humanidade para a modificar por dentro. Por tanto ele espera uma mudança de nosso coração. As imagens em alguns lugares agora estão cobertas pedindo de cada um de nós uma verdadeira conversão interior nesta quaresma.

É TEMPO DE CONVERSÃO!

Fonte: Arautos do Evangelho; http://radio.cancaonova.com