A mensagem da parábola de Lucas diz respeito a todas e todos nós, hoje. A injustiça, a exclusão, a opressão, a exploração, a pobreza e a situação miserável de alguns ainda são causados pela despreocupação e a indiferença dos ricos que somos nós.

O exegeta francês Jean Debruynne escreve: “Esta história é realmente chocante. Abraão, que na parábola é o porta-voz de Deus, recusa que Lázaro molhe seu dedo na água para refrescar o rico que queima em seus tormentos. Perguntamo-nos pelo que Abraão fez com o perdão e a misericórdia da Deus!”. Mas, Jean Debruynne continua: “Esta parábola não fala do perdão, mas do ser humano. O rico nunca viu Lázaro como pessoa; ele o considerava menos que um cachorro. De repente, é o rico que deixou de ser pessoa humana. É o rico que caiu lá embaixo, ao passo que o pobre Lázaro está no alto da dignidade humana.

O rico não é mais um ser humano, é apenas um rico. O verdadeiro abismo que existe não é entre Deus e o rico, mas entre o ser humano respeitado como tal e o ser humano ridicularizado. É preciso devolver ao ser humano sua dignidade de ser humano. Em nome de Deus, Abraão continua cheio de ternura para com esse rico, ele continua a chamá-lo: meu filho! Ele reenvia o rico aos gritos dos profetas que nunca fizeram outra coisa senão reclamar que seja concedido aos pobres o direito de serem pessoas humanas. É justamente este o trabalho da fé: devolver ao ser humano sua imagem de Deus”. E eu acrescentaria: só o ser humano pode fazer isso; Deus não pode fazer nada sem a nossa ajuda!

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