Igreja reclama que vem sofrendo restrições para chegar ao santuário

RIO — O clima não tem sido dos mais amenos no Cristo Redentor, o cartão-postal mais famoso da cidade do Rio. No Corcovado, tem se desenrolado uma disputa entre a Arquidiocese do Rio — responsável pelo platô onde fica o monumento — e a direção do Parque Nacional da Tijuca, que pertence ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e administra toda a área que dá acesso à estátua. A Igreja reclama que vem sofrendo restrições para chegar ao santuário — padres teriam sido impedidos de subir à capela —, e ameaça entrar na Justiça se as proibições não forem resolvidas em breve. A confusão foi parar em Brasília, onde a questão está sendo tratada com todo o cuidado no gabinete do Ministério do Meio Ambiente.

Um dos primeiros sinais do mal-estar entre “os vizinhos" aconteceu em maio, quando o Copacabana Palace, autorizado pela Arquidiocese, levou hóspedes para tomar café da manhã ao nascer do sol, aos pés do Cristo Redentor. O evento, realizado fora do horário normal de visitação, não tinha o aval do ICMBio. Resultado: o hotel foi multado em R$ 60 mil por crime ambiental. Este mês, um outro imbróglio azedou ainda mais a relação, como informou Ancelmo Gois, na terça-feira, em sua coluna no GLOBO. O arcebispo do Rio, cardeal dom Orani Tempesta, foi impedido pelo diretor do parque, Ernesto Viveiros de Castro, de fazer um evento no cartão-postal. O evento acabou acontecendo, sem a autorização da direção do parque, aos pés do Cristo, como dom Orani havia planejado. Fonte: https://oglobo.globo.com