A primeira se referia à obrigatoriedade de se fazer a circuncisão antes do Batismo. Isto foi refutado pelo chamado Concílio de Jerusalém no ano 50 (At 15). Ficou mais restrita a Jerusalém. Depois do martírio do apóstolo Tiago Menor provocou uma separação da Igreja. Isso deu ocasião para controvérsias a respeito da sucessão à sede episcopal de Jerusalém. Quando começou a guerra judaica (ano 66), a comunidade cristã passou de Jerusalém para Pela, na Transjordânia (Peréia) e naquele isolamento sofreu a influência das seitas hebraicas, como a dos essênios.

No do século II surgiu a heresia dos ebionitas ou nazareus. Eles tinham um grande repúdio ao apóstolo Paulo, por eles considerado como apóstata e inimigo da lei mosaica. Tinham um Evangelho próprio, em língua siro-caldaica ou aramaica, que uma reelaboração do Evangelho canônico de São Mateus. As sedes principais dos ebionitas estavam na Transjordânia e depois também a Síria. Aqui sustentaram-se até o século V ou mesmo até a invasão árabe (ano 637).

Cerinto viveu na Ásia Menor nos fins do século I. Era um rígido judaísta, mas também propugnou teses gnósticas. Para ele, o criador do mundo não era Deus, mas uma espécie de anjo (demiurgo). Jesus não era senão um puro homem, sobre o qual teria descido, no batismo, o Cristo divino, em forma de pomba para anunciar aos homens o Pai desconhecido e operar os milagres, mas o teria abandonado antes da paixão (docetismo).

Segundo Irineu, o apóstolo João tê-lo-ia combatido escrevendo o seu Evangelho.

Uma estranha mistura de judaísmo, cristianismo e paganismo representam os elcessitas ou Mandeus. Surgiram na época do imperador Trajano na Transjordânia. Um certo Elkasai é o fundador e autor do livro sagrado da seita, com o qual certo Alcibíades de Apuméia (Síria) fazia propaganda em Roma ainda por volta de 220. Sua base é judaica.

Os elcessitas observam a lei mosaica (circuncisão, sábado, prescrições rituais), mas juntavam a isto a astrologia caldaica e a magia; tinham ainda um batismo para a remissão dos pecados semelhante ao dos cristãos e praticavam frequentes abluções (costume entre os essênios?); não podiam alimentar-se de carne nem beber vinho. De cristão há pouco na sua doutrina e assim mesmo deturpado. Os mandeus tem uma veneração particular por João Batista.

Os elcessitas permanecem até nossos dias na Mesopotâmia meridional com o nome de mandeus.