No Maranhão, liderança rural foi encontrada morta na véspera de Natal. Antônio Isídio estava desaparecido e vinha sendo ameaçado de morte. Já em Rondônia, no Vale do Jamari, um jovem acampado foi encontrado morto, em uma fazenda, na véspera do Ano Novo. E no penúltimo dia do ano, em uma rodoviária de Santa Catarina, uma criança indígena de dois anos morreu após ser degolada por um homem. A reportagem é publicada por Comissão Pastoral da Terra - CPT, 04-01-2016, com informações da Anistia Internacional, Cimi e da LCP.

Na véspera de Natal, Antônio Isídio Pereira da Silva, liderança rural da comunidade de Vergel, no Maranhão, foi encontrado morto. Ele estava desaparecido desde o dia 20 de dezembro de 2015. Antônio era uma das lideranças que vinha denunciando, nos últimos anos, a ação de madeireiros e grileiros na região. Com isso, sofria ameaças de morte e intimidações.

Um dia antes de desaparecer, Antônio havia dito, segundo Anistia Internacional, que iria denunciar o forte desmatamento na área. “Vergel, localizado a 50 quilômetros de Codó, no Maranhão, é uma comunidade de pequenos agricultores e produtores rurais que enfrentam a pressão constante de ‘grileiros’ e madeireiros que querem expulsá-los de suas terras”, destaca a Anistia Internacional no Brasil, que, juntamente com a Comissão Pastoral da Terra no Maranhão (CPT-MA), acompanha o caso.

“O assassinato de Antônio Isídio é revoltante. Foi uma tragédia anunciada. Nos últimos três anos denunciamos diversas vezes as ameaças sofridas por ele e a violência decorrente de conflitos agrários na região de Codó. E as autoridades – em todos os níveis – não tomaram nenhuma medida para garantir a segurança dessas pessoas”, afirmou Atila Roque, diretor executivo da Anistia Internacional no Brasil...

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