Minas Gerais tem 750 barragens para despejo de resíduos, por exemplo, da indústria e de destilarias de álcool. Mas a maioria é utilizada por mineradoras. Levantamento da Fundação Estadual do Meio Ambiente aponta que pelo menos 35 estruturas não tem segurança adequada. Casos como o ocorrido em Mariana, já custaram vidas e muitos danos ao meio ambiente e as comunidades vizinhas.

Em 2001, uma avalancha de rejeitos da Mineração Rio Verde se rompeu em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte. Cinco operários morreram no acidente que atingiu 43 hectares e assoreou mais de seis quilômetros do leito do Córrego Taquaras.

Em 2007, a barragem da Mineradora Rio Pomba Cataguases rompeu depois de uma forte chuva na cidade de Miraí. na zona da mata mineira. A lama tóxica, com rejeitos de bauxita, seguiu pelo Rio Muriaé e atingiu duas cidades mineiras e quatro cidades do estado do Rio. Cerca de 4 mil moradores ficaram desalojados e ao menos mil e duzentas casas foram atingidas.

Em setembro de 2014, um rompimento em Itabirito, na região central de Minas, causou a morte de três pessoas. Operários faziam a manutenção da barragem desativada quando ela rompeu, por volta das sete e meia da manhã. Toneladas de lama e resto de mineração atingiram veículos e os trabalhadores que foram soterrados.
O deslizamento em Itabirito atingiu também um curso d'água próximo ao local. A empresa responsável pela barragem, a Herculano Mineração, já tinha sido autuada pelo Ministério Público 28 vezes por irregularidades, inclusive por falta de programas de gerenciamento de risco. Fonte: http://www.ebc.com.br