Por Vera Magalhães

 

O grupo Direitos Já - Fórum pela Democracia decidiu em plenária na noite de terça-feira realizar uma série de ações para reforçar a pressão pelo impeachment de Jair Bolsonaro.

Na reunião, da qual participaram expoentes do PT, do PSDB e de pelo menos mais cinco partidos, ficou definido um calendário que ocupa todo o mês de setembro e terá um ato internacional com personalidades políticas e intelectuais contra Bolsonaro, um novo pedido de impeachment com a assinatura de juristas da esquerda à direita, o pedido de uma audiência para pressionar o presidente da Câmara, Arthur Lira, e culminará com uma grande manifestação para unir "de Lula a Fernando Henrique Cardoso", segundo foi discutido.

O grupo discute aderir aos atos que vêm sendo convocados por movimentos como o MBL no próximo domingo, dia 12. Para isso, a ideia é pedir que eles mudem a palavra de ordem de convocação, que hoje está na linha "nem Lula nem Bolsonaro". O argumento dos participantes do fórum é que o momento seria de unir esforços em repúdio ao golpismo de Bolsonaro, e deixar a discussão eleitoral para outro momento.

Participaram da reunião a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o ex-ministro de Lula e Dilma Rousseff e ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro, a ex-senadora e ex-presidenciável Marina Silva e o vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigies, pela Rede, o senador José Aníbal, pelo PSDB, e representantes de DEM, PSB, PSL, PV e Cidadania, entre outros.

No dia 15 está sendo organizado um ato internacional, com a presença de políticos de diversos matizes ideológicos e personalidades da academia e das artes. Ele será virtual e tem por objetivo expor o estrago à imagem do Brasil no exterior causado pelo governo Bolsonaro e a escalada autoritária do presidente.

No dia 18, está previsto um ato das centrais sindicais e dos movimentos mais à esquerda pelo "fora Bolsonaro".

Em outras frentes, o grupo vai solicitar audiências com o presidente do STF, Luiz Fux, para expressar solidariedade, e com o presidente da Câmara, Arthur Lira, que detém a chave da gaveta na qual dormitam os pedidos de impeachment. Um novo pedido, desta vez sem a chancela de partidos políticos, mas com a assinatura de juristas de relevo, de corte mais à esquerda e mais à direita, deverá ser levado a Lira nesse encontro.

Por fim, a agenda culminaria com um grande ato nacional juntando lideranças políticas no palanque ou em participação virtual. A ideia, segundo o senador Randolfe Rodrigues, é juntar "de Lula a Fernando Henrique Cardoso, de Ciro Gomes a João Doria" em repúdio às pregações antidemocráticas feitas por Bolsonaro.

O ato seria realizado nos fins de semana 25 de setembro ou 2 de outubro, datas que coincidiriam também com a apresentação e votação do relatório final da CPI da Covid. Fonte: https://blogs.oglobo.globo.com