Cerca de 50 pessoas se concentraram na tarde deste domingo em Washington, contra a presença do presidente brasileiro

Washington - Duas horas antes de o presidente Jair Bolsonaro desembarcar na capital dos Estados Unidos — ele pousou na base aérea às 15h40 — ativistas americanos e brasileiros organizaram uma manifestação dos moldes do #EleNão, que marcou a oposição ao candidato do PSL durante a campanha presidencial no ano passado. Cerca de 50 pessoas, entre ativistas e estudantes, se posicionaram no gramado da Lafayette Square, em frente à Casa Branca, se revezando ao microfone.

Entre as manifestantes estava a professora Marina Caetano, 27 anos. "A maioria da comunidade brasileira em Washington é apoiadora de Bolsonaro, busca esse sonho americano que ele prega, mas para isso, ele precisa fazer muita coisa ainda no nosso país", comentou a docente, dizendo que tem medo de voltar ao país. 

Há quase 10 anos morando nos Estados Unidos, ela foi ao evento para marcar sua luta contra "toda a formas de discriminação. "Tendo estado em Washington quando o Trump foi eleito, e depois assistir os brasileiros cometendo os mesmos erros que eles mesmos criticavam nos EUA, é muito chocante", disse a professora.

Quando questionada sobre a legitimidade do processo democrático pelo qual Bolsonaro foi eleito, em outubro do ano passado, Mariana cita os votos brancos e nulos e diz que se somados ao votos contrários a ele no pleito, a maioria do país não quer o atual presidente no poder.   

Sob gritos de "Lula Livre" e "Bolsonaro Fascista", os manifestantes prometeram continuar o protesto enquanto o presidente brasileiro estiver em terras norte-americanas.  

Entre os assuntos abordados pelos manifestantes, estava a execução da vereadora carioca Marielle Franco, brutalmente assassinada com quatro tiros na cabeça em 14 de março do ano passado.  Fonte: www.correiobraziliense.com.br