A Igreja tem a missão de difundir sobre a terra o Reino de Cristo para tornar todos os homens participantes da salvação operada pela Redenção[1]. Assim como é próprio dos leigos viver no mundo e no meio dos afazeres seculares, igualmente são chamados por Deus a desenvolverem a missão da Igreja e a serem fermento cristão nas atividades temporais, nas quais estão profundamente empenhados[2] "Os fiéis leigos não podem, na verdade, abdicar da participação na «política», ou seja, nas múltiplas e variadas ações econômicas, sociais, legislativas, administrativas e culturais, destinadas a promover o bem comum orgânica e institucionalmente"[3].
O testemunho da vida cristã e as boas obras praticadas com espírito sobrenatural têm a força de atrair as pessoas para a fé em Deus, tornando-se assim "o louvor de glória" de Deus segundo o ensinamento da Beata Isabel da Trindade. Por isso o verdadeiro apóstolo busca e procura as ocasiões para anunciar Cristo, especialmente nestes tempos que apresentam cada vez novos problemas religiosos, morais e sociais[4].
Quanto a este objetivo os leigos encontram no Profeta Elias um valiosíssimo motivo de inspiração. Envolvido num mundo em transformação, que levava o povo à negação gradual de Deus pela persuasão da sua própria autossuficiência, o Profeta era sustentado pela certeza de que Deus é mais forte do que toda crise e todo perigo. Através da experiência do deserto, onde a sobrevivência só é assegurada pela intervenção divina, Elias tornou a encontrar Deus sobre a montanha, lugar primeiro da Aliança, e aceitou a irrupção divina na sua própria vida sob a manifestação nova e íntima da brisa leve[5]. Depois disto foi reenviado para a sua missão profética e comunitária na vida quotidiana, seguro de si, porque seguro de Deus.
*Da Regra da Venerável Ordem Terceira do Carmo.