O holandês Titus Brandsma morreu em um campo de concentração na Alemanha, em 1942
Escrito por Guilherme Gomes
Carmelita, professor e jornalista atuante contra o nazismo. Estas são as credenciais do holandês Titus Brandsma, que será canonizado pelo Papa Francisco em 15 de maio, de acordo com a Santa Sé.
Ele será o primeiro jornalista profissional reconhecido como santo pela Igreja Católica.
Em meados dos anos 1930, Brandsma usou uma rede de jornais católicos para defender a liberdade de informação e a dignidade de cada pessoa, e também condenar as ideologias nazistas, das quais criticou duramente a abordagem anti-humana.
Padre Tito, como era mais conhecido, foi preso em janeiro de 1942, como um perigoso subversivo e levado para Amersfoort, um "campo de trânsito" à espera da deportação.
O holandês morreu em 26 de julho de 1942, aos 61 anos, em um campo de concentração na Alemanha. A enfermeira que injetou o ácido fênico no jornalista relatou seus últimos momentos de vida, durante o interrogatório do processo de canonização.
"Ele pegou minha mão e disse: 'Pobre jovem que você é, eu rezarei por você!'". O processo de canonização atrasou por causa da pandemia de Covid-19.
Em 3 de setembro de 1985, João Paulo II o proclamou beato e mártir da fé. Agora, com Francisco, ele se torna santo.
O milagre atribuído à sua intercessão foi a cura de um sacerdote carmelita de um melanoma metastático dos linfonodos, em 2004, em Palm Beach, na Flórida (EUA). Fonte: https://www.a12.com/redacaoa12