Frei Jorge Van Kampen, Carmelita. In Memoriam. (*17/04/1932 + 08/08/2013)

Se dizermos, que a Santíssima Trindade é um mistério, não devemos entender “mistério” como um quebra-cabeça, mas significa um convite para participar deste mistério. É verdade, que ninguém consegue entender totalmente este mistério, mas isto não quer dizer, que está fora da razão da nossa vida. Significa, que devemos deixar-nos envolver por este mistério. Se a Santíssima Trindade não fizesse parte da nossa vida, a religião que praticamos torna-se convencional, moralista ou calculista.

Sem a comunhão de vida com a Santíssima Trindade, torna-se impossível a realização da missão de Jesus Cristo: “Fazei todos os meus discípulos”. As leituras de hoje apresentam Deus próximo dos homens. Um Deus, que se compromete conosco. Um Deus tão perto de nós, que se revelou através da existência histórica de Jesus de Nacare, no meio de um povo oprimido, que esperava a libertação.

Aceitar Cristo – a segunda pessoa da Santíssima Trindade – não é aderir a uma doutrina intelectual. É deixar-se envolver por ele. É envolver-se pelo Seu Espírito, que o impulsionou na vida e o fez exclamar: “Abá Pai”.  A comunhão com Deus em Cristo é uma comunhão prática, não sentimental.

Para viver o mistério da Santíssima Trindade na nossa vida, é sair do nosso individualismo. Cristo não é uma aceitação formal, é viver com os outros. É viver o mistério de Deus no mundo!