Apontamentos espirituais do Frei Petrônio de Miranda, O. Carm.

Segunda-feira, 18 de novembro-2019, Dedicação das Basílicas dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, Convento do Carmo da Lapa, Rio de Janeiro.

 

Fico triste... Fico triste quando vejo um católico- Por que não dizer; cardeais, bispos, padres, freiras...- propagando vídeos, fotos e textos pelas mídias sociais contra o Sumo Pontífice, o Papa Francisco. Sem meias palavras não podemos negar uma verdade absoluta: Se fosse na idade média, tais “católicos” seriam queimados na fogueira. Ah! E o que é mais triste- para não dizer piada- tais pessoas dizem que estão defendendo a tradição apostólica. Que tradição? Fanatismo tem limites! Mas vamos entrar na história e conhecer a profundidade da festa de hoje.

Em primeiro lugar, recordamos os dois pilares da Igreja através de suas Igrejas- Pedro e Paulo. A Basílica de São Pedro- no Vaticano onde se encontra o seu tumulo- foi construída em 323 a pedido do imperador Constantino. Segundo a tradição cristã, Pedro- o primeiro Papa- foi crucificado de cabeça para baixo. A Basílica demorou 170 anos para ser construída. Começou com o Papa Nicolau V, em 1454, e foi concluída pelo Papa Urbano VIII, que a consagrou em 18 de novembro de 1626.

Já a Basílica de São Paulo- também chamada de Basílica Extramuros- é o segundo maior templo de Roma. O primeiro é a Basílica de São Pedro. Também ela surgiu por vontade de Constantino.

Um fato triste aconteceu em 1823, quando ela foi quase totalmente destruída por um incêndio. O Papa Leão XIII iniciou sua reconstrução e foi consagrada em 10 de dezembro de 1854 pelo Papa Pio IX. Uma curiosidade desta Basílica são as janelas da nave central-naves laterais em mosaico- onde se encontram-se os retratos de todos os Papas desde São Pedro até o atual, o Papa Francisco.

Recordando Pedro e Paulo- e seus templos- rogamos a Deus que a nossa fé em Jesus Cristo seja profundamente marcada pelos exemplos de fidelidade à comunidade primitiva destes baluartes e colunas da Igreja e que nós, em nossa caminhada, possamos respeitar, amar, e rezar pelo sucessor não apenas de uma história, mas de uma comunidade- O Papa Francisco. E tenho dito!