*ESPIRITUALIDADE CARMELITANA: Porque os Carmelitas se chamaram irmãos da Virgem?
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Do oratório que em sua honra construíram no Monte Carmelo
Os religiosos desta ordem lembravam que Deus havia revelado, de modo especial, na referida visão, como nasceria uma meninazinha que, desde o seio materno, estaria isenta de toda mancha de pecado e, como eles, abraçara livremente a virgindade. Desta Virgem nasceria o Deus-homem (ou melhor, o Homem-Deus).
Observavam como tudo isto já se havia realizado e como o gênero humano, por meio da Virgem, havia recebido do Filho de Deus tão desejado e esperado benefício da chuva, ou seja, da graça divina, e se propuseram honrar, com assídua e especial devoção a esta Virgem há tanto tempo profetizada a seus predecessores, tão esperada e logo apresentada.
Determinaram eleger por Patrona a esta Virgem especial, pois reconheceram que só ela possuía um dom singular parecido com seu Instituto por ser a primeira mulher que abraçou espontaneamente a virgindade. Como os antigos monges que abraçaram esta religião foram os que, por amor de Deus, começaram a viver, por primeiro, a virgindade voluntária e a introduziram entre os varões, do mesmo modo, como já dissemos, a Mãe de Deus foi a primeira que começou depois a introduzir a virgindade entre as mulheres; por isto, como os Religiosos Carmelitas foram os primeiros varões que livremente assumiram viver a virgindade, assim a Virgem Santíssima foi a primeira que entre as mulheres fez voto de virgindade.
Esta igualdade especial entre a Mãe de Deus e os Religiosos Carmelitas em ser as primícias da virgindade voluntária com um voto, muito tempo antes profetizada e por fim realizada, foi a razão pela qual os Carmelitas, enquanto os Apóstolos ainda viviam, chamavam a Virgem Maria sua irmã e, por esta mesma igualdade, chamavam-se a si mesmas de irmãos da Bem-aventurara Virgem Maria.
Não creio que ocorra negar que os membros de uma Ordem Religiosa possam chamar-se com diferentes nomes em tempos determinados e por razões diversas sem que a religião deixe de ser e continuar a mesma. Se negas isto, incorres no erro de que a religião cristã não é agora, entre nós, a mesma que foi no tempo dos Apóstolos e discípulos de Cristo, porque os que, então abraçavam a religião de Cristo, no início de sua pregação e de apóstolos não se chamavam como mesmo nome de agora. Segundo nos disse São Lucas, no princípio, os que abraçavam a doutrina de Cristo se chamavam discípulos e, mais tarde, pela primeira vez em Antioquia, se chamaram cristãos.
Por acaso podemos dizer que a religião cristã era diferente neles do que é agora em nós, porque se chamavam com nomes diferentes? De maneira alguma. Nem deves julgar como absurdo que os Monges que agora vivem no Monte Carmelo são da mesma religião dos que viviam neste monte antes da encarnação do Salvador, embora naquele tempo se chamassem Profetas e Filhos dos Profetas e estes se chamem agora Irmãos da Bem-aventurada Virgem Maria. Chamavam-se, então, como dissemos, Profetas quando cantavam, louvando a Deus, os Salmos e cânticos acompanhando-se de instrumentos musicais.
Quando começou a era evangélica, cessou o rito de cantar a Deus acompanhando-se de todos aqueles instrumentos musicais e se mudou em outro rito como disse o Apóstolo: “Enchei-vos do Espírito Santo falando entre vós e entretendo-vos com salmos, com hinos e canções espirituais cantando e louvando ao Senhor em vossos corações” (Ef 5, 18-19). Como aquele rito antigo de cantar louvores a Deus acompanhando-se de instrumentos musicais já não se usa agora em nossa religião, não se chamam Profetas os que pertencem a esta religião.
Também se chamaram, com muita razão, Filhos dos Profetas quando um Profeta os governava e dirigia, como dissemos; mas agora como nenhum Profeta os governa, deixaram de chamar-se Filhos dos Profetas, como a ninguém que esteja em são juízo lhe ocorrerá dizer que, então, se houvessem chamado Irmãos da Bem-aventurada Virgem Maria quando esta ainda não havia nascido; mas, como se declarou, depois que conheceram a semelhança tão expressiva e tão própria entre eles e a Mãe de Deus por haverem sido os primeiros a oferecer voluntariamente a Deus a virgindade, desde esse tempo se chamaram Irmãos da Bem-aventurada Virgem Maria e em memória da visão que simbolizava o nascimento desta Virgem mostrada em profecia a Santo Elias sob a figura de uma nuvenzinha que subia do mar para o Carmelo, estes monges, no ano 83 da encarnação do Filho de Deus, derrubaram o antigo local chamado Semnion e edificaram uma Capela em honra desta primeira Virgem consagrada a Deus, junto à fonte de Elias no mesmo lugar onde Elias, quando ia orar, viu aquela nuvenzinha como a pegada de um homem que subia do mar para o Carmelo.
Desde este tempo, estes religiosos sempre se reuniam nesta Capela encomendando-se a esta Virgem e rezando todos os dias nas sete horas canônicas a esta Virgem e a seu Filho, com fervorosas orações, súplicas e louvores. Na Capela se reuniam para fazer com simplicidade as exortações e mútuas instruções espirituais e para estudar o modo de salvar as almas.
Esta é a razão pela qual, mesmo os estranhos à Ordem, os chamaram Irmãos da Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo.
* Livro da Instituição dos Primeiros Monges Fundados no Antigo Testamento e que perseveram no Novo.
Por Juan Nepote Silvano, Bispo XLIV de Jerusalém.
*ESPIRITUALIDADE CARMELITANA: A capa branca que usam à imitação de Elias e seu significado.
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Prova-se também com a autoridade da Sagrada Escritura que Elias Tesbita, o primeiro fundador desta religião, usou como veste a capa. Com este hábito cobriu seu rosto no monte Horeb quando Deus passou diante dele. Pôs esta capa sobre Eliseu quando o recebeu por discípulo.
Esta capa ou manto era uma veste redonda que cobria o corpo por cima da outra veste e descia do pescoço até a metade das pernas; era aberta na frente e fechada ao redor; era estreita em cima e amplamente aberta em baixo. Quando Elias se separou de Eliseu para ir ao paraíso de delícias lhe jogou esta capa.
Com esta capa Elias ensinou que os monges que abraçam esta religião devem levar por cima do hábito a capa branca da maneira que o Senhor lhe mostrou em profecia; vestidos a Sabac (à maneira de Sabac), pai de Elias. Pois antes que lhe nascesse seu filho Elias Sabac viu em sonhos que uns homens vestidos de branco o saudavam.
Com esta visão foi-lhe anunciado como se vestiriam os imitadores que seu filho teria na vida monástica. Vendo Sabac aqueles varões vestidos de branco, conheceu em espírito os religiosos que seu filho havia de fundar. E os viu vestidos de branco porque seriam imitadores de Elias que era o modelo da forma de viver da vida monástica e o imitariam, não só na íntegra brancura da alma, vivendo uma íntima pureza, mas também na brancura do hábito que usavam por cima da veste que cobria seu corpo.
Levar a capa branca significa que os monges que abraçaram esta profissão devem guardar a pureza de seus pensamentos e desejos junto com a pureza do corpo, segundo o mandamento do Apóstolo ao dizer: “Purifiquemo-nos de tudo que mancha a carne e o espírito, aperfeiçoando nossa santificação com o temor de Deus” (Cor 7, 1), “porque Deus não nos chamou para a imundície, mas para a santificação”(Tes 4,7).
Elias que foi o primeiro que introduziu entre os monges o uso desta capa branca quis simbolizar com ela que o monge, vestido com sua capa branca, deve conservar intacta a pureza, não só de sua alma, mas também de seu corpo.
Desta veste disse Jó ao Senhor: “me vestiste de pele e de carne” (Jó 10, 11), guarde-a, pois, o monge sempre limpa pela pureza, como está escrito: “em todo o tempo estejam teus vestidos limpos e brancos” (Ecl 9, 8).
* Livro da Instituição dos Primeiros Monges Fundados no Antigo Testamento e que perseveram no Novo.
Por Juan Nepote Silvano, Bispo XLIV de Jerusalém.
OLHAR CARMELITANO: Bênção do novo Convento de Unaí.
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*Frei Carmelo Cox, O. Carm. In Memoriam.
Mudamos finalmente para o novo Convento no dia 8 de dezembro p.p. O edifício não está completamente pronto; ainda falta muito, mas pelo menos temos uma moradia mais decente. O construtor é o mesmo do Convento de Belo Horizonte e a distribuição interna tem muito com o de Jaboticabal. Fica um pouco fora do atual centro da cidade e distante uns 12 minutos da igreja matriz. Ao lado do Convento será construída uma grande igreja já começada.
Depois de assistir às festividades em Paracatu no dia 6 de dezembro, quase todos os presentes resolveram ir a Unaí que fica distante duas horas e meia. Foram escolhidos os mais peritos choferes, pois as contínuas chuvas tinham deixado a estrada bem danificada. Mas todos chegaram sem novidade. No dia 8, Frei Cecílio Bruggeman (5.31) e Frei Justino Velthuis (5.30) foram recebidos pela população pois os dois celebravam o jubileu sacerdotal. Também Sua Excelência D. Raimundo Lui (5.28) estava presente. Formou-se um cortejo de carros rumo à matriz. A chuva começou de novo mas o povo não desanimou. Na matriz Frei Cecílio cantou a Santa Missa e na ocasião usou os paramentos mandados da Holanda. Depois tivemos um lauto almoço oferecido pelo povo e servido no novo Convento. Estiveram presentes 2 Bispos e 21 Padres.
De tarde às 16h Padre Provincial precedeu à bênção do novo Convento e em seguida foi celebrada a S. Missa. Depois conseguimos sair com a procissão de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da Paróquia. Em seguida houve outra Missa cantada. E finalmente à noite no cine local houve uma sessão solene onde discursaram muitos oradores, entre eles o Promotor da Justiça, bem inspirado, D. Raimundo (5.28), D. Eliseu van de Weyer (4.24) e Padre Provincial (5.62). Frei Cecílio (5.31) agradeceu.
D. Raimundo anunciou ao povo que, doravante, a paróquia de Unaí estaria aos cuidados dos padres Carmelitas. (ad nutum S. Sedis). (União, Ano 2, Dezembro de 1964).
*CRÔNICA DA PROVÍNCIA CARMELITANA FLUMINENSE.
OLHAR CARMELITANO: Fundação do primeiro Convento do Carmo no Brasil em Olinda.
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*Frei Carmelo Cox, O. Carm. In Memoriam.
A) - Conforme Baltasar da Silva Lisboa
A Armada saiu de Lisboa, e chegando ao seu destino, os Padres Carmelitas deram logo princípio à pregação do Evangelho, sob os auspícios a favor do Bispo do Brasil, Frei Antônio Barreiros, estabelecendo‑se como as circunstâncias permitiram, até que em 1583 no Capítulo Provincial celebrado em Beja se acordou a fundação do Convento do Carmo de Olinda em 1584, para o qual deu faculdade Jerônimo de Albuquerque Coelho, Capitão e Senhor da Capitania de Pernambuco, de erigir em um sítio que deu a Câmara de Olinda, onde estava edificada a Capela de Santo Antônio. (Anais do Rio de Janeiro, Cap. II - ' 2 - parte). (A.N. Tomo I, Livro 1, Parte 2)
B) - Conforme as Memórias Históricas de Padre Manoel de Sá (10 Parte)
No fim do mês de janeiro do ano de 1580 saiu do Rio de Lisboa a Armada, em que ia por cabo o dito Frutuoso Barbosa, e na sua companhia foram os quatro nomeados Religiosos; e navegando com próspero sucesso chegaram a Pernambuco; onde foram recebidos com demonstrações afetuosas e pias do Clero, e do povo daquela capitania, e dando logo conta da sua chegada àquela terra ao Dom Frei Antônio Barreiros Bispo de todo o Brasil, ele os mandou animar a prosseguirem a empresa, a que iam. A esta deram logo princípio fazendo um grande fruto espiritual, não só na conversão dos gentios mas na reforma das vidas dos já convertidos. E tão excessivo era o zelo com que solicitavam as almas para o céu, que todos os queriam nas suas terras e, para isso lhes ofereciam sítios para assim lograrem das suas virtudes, do que deram parte a este Provincial. Chegou o aviso a ele, e no Capítulo celebrado no Convento da cidade de Beja aos trinta do mês de abril de 1583, em que foi eleito Provincial o M. Revmo. Padre Presentado Frei Pedro Brandão, que foi depois Bispo de Cabo Verde, de quem havemos de dar notícia no Capítulo 1587 destas memórias, se aceitou a fundação de Convento de Olinda.
(20 Parte) O primeiro Convento dos Carmelitas no Brasil é sem dúvida o de Olinda: o qual fundaram os religiosos num sítio, que lhe deram os Oficiais da Câmara; e como nele havia uma Ermida de Sto. Antônio, conserva o mesmo título. Tem este convento uma relíquia do Santo Lenho; uma do osso do nosso glorioso confessor Santo Alberto; e duas de ossos de Sta. Paulina. Na Capela Mor de sua Igreja do lado do Evangelho descansam em humilde sepultura as cinzas daquele grande herói restaurador do mesmo estado João Fernandes Vieira, e ainda que lhe faltem os mármores para o Mausoléu, e não tenha Epitáfio, que declare o heróico de suas ações, tiveram estas a fortuna de serem escritas pela elevada pena do Exmo. Dom Luiz de Menezes Conde de Ericeira. Delas fez também escrito particular intitulado ACastrioto Lusitano, o P. Frei Rafael de Jesus. No cemitério dos Religiosos foi sepultado o Ilmo. Dom Frei Francisco de Lima, Bispo do mesmo estado, e de quem dera notícia o capítulo 1629. Foi este dito convento pela sua antiguidade cabeça da Vigararia; nele assistiram os RR.PP. Vigários Provinciais, até o ano de 1630, em que os holandeses se senhorearam do país. (Memórias Históricas - Cap. XI ' 50 - ' 52). (A.N. Tomo VIII, Livro 20, Parte 1)
C) - Conforme Frei Manoel Baranera Serra.
Tendo, porém, ficado em Pernambuco a expedição de que formavam parte, os Carmelitas recém-chegados aí principiaram a trabalhar como zelosos missionários, não só na conversão dos gentios mas também na reforma de costumes dos já convertidos.
Nesta ocupação de missionários, passaram os Carmelitas o primeiro período ou temporada de sua permanência no Brasil, causando entretanto grande fruto espiritual e atraindo sobre si, pelo talento e virtudes, a estima e admiração de todos que com eles tratavam e mui especialmente dos habitantes da cidade de Olinda, cujos oficiais da Câmara, inspirando‑se nos sentimentos de simpatia e benevolência que o povo manifestava em prol dos Carmelitas, cederam por doação um extenso terreno com capela de Santo Antônio para os ditos Carmelitas se estabelecerem junto da cidade, fundando ali o seu primeiro convento, nestas hospitaleiras plagas do Brasil.
Pelo que o Capítulo Provincial reunido na cidade de Beja, em 30 de abril de 1583, autorizou gostosamente a projetada fundação do Convento de Olinda, para cuja execução no ano seguinte, foi concedida a competente licença por Jerônimo de Albuquerque Coelho, então capitão e senhor da capitania de Pernambuco.
Fica, pois, fora de dúvida que os Religiosos Carmelitas: 11 vieram, para o Brasil em 1580, a convite do Sereníssimo Cardeal Rei D. Henrique e em companhia de Frutuoso Barbosa; 21 que a sua primeira fundação nesta abençoada terra brasileira, foi a do Convento de Olinda, no ano de 1583, em terreno doado pelos Oficiais da Câmara daquela pitoresca e antiga cidade, e 31 os fundadores do dito Convento de Olinda foram Os quatro pré- indicados Religiosos sacerdotes:
Frei Bernardo Pimentel (0.01)
Frei Alberto de Santa Maria (0.03),
Frei Antônio Pinheiro (0.02) e
Frei Domingos Freire (0.04) que, entre eles, era o superior.
(Vide Frei Manoel de Sá AMemórias Históricas@ dos Arcebispos, Bispos e escritores portugueses da Ordem de Nossa Senhora do Carmo, pág. 32 e 36). (A Ordem Carmelitana no Brasil - Mensageiro do Carmelo - Set. 1916 - Jan. 1917).
D) - Conforme Frei Maurício Lans
No Capítulo de Beja em 1583 foi decidida a fundação de um Convento em Olinda, Pernambuco. No ano seguinte em 1584, quando Felipe II de Espanha já reinava como Felipe I em Portugal, iniciou-se a fundação com a licença de então Governador de Pernambuco, Jerônimo de Albuquerque Coelho. Esta primeira fundação realizou-se em terras oferecidas pela Prefeitura de Olinda, alí havia uma capela dedicada a Sto. Antônio. Por isso o Padroeiro do Convento foi Santo Antônio. Daí no decorrer dos tempos iniciaram-se outras fundações de conventos. (Jubileu de Prata, por Frei Maurício Lans, pág.12)
E) - Conforme Francisco Benedetti.
Em frente ao Recife a armada foi dispersa por uma tempestade e por algum tempo adiou-se o confronto com os franceses. Frutuoso Barbosa voltou para Portugal e os Carmelitas ficaram em Pernambuco. O Governador Jerônimo de Albuquerque lhes fez doação de uma ermida construída em um promontório de Olinda e dedicada a Santo Antônio e a São Gonçalo. As terras próximas foram doadas pelos oficiais da Câmara. Em 1583 o Capítulo provincial confirmou a fundação e entregou sua administração a Frei Pedro Viana (0.08). Construído com o auxílio do povo do lugar, o convento de Santo Antônio foi residência dos superiores do Carmo do Brasil nos primeiros tempos. Assim, os Carmelitas foram o segundo grupo de religiosos a se instalar formalmente na colônia, pouco antes dos beneditinos e franciscanos. Os jesuítas, missionários oficiais da Coroa, já aqui se achavam desde 1544. Foram constituídos como comissariado da Província Lusitana e tinham por comissário o mesmo Frei Pedro Viana.
(A Reforma da Província Carmelitana Fluminense, pág. 7).
F ) - Conforme F. A. Pereira da Costa
Um pouco afastado do centro do povoado da Vila de Olinda Bjunto à pancada do mar- ficava uma Capela dedicada a Santo Antônio e São Gonçalo, fundada pelo colono Clemente Vaz Moreira, no tempo do governo do primeiro donatário Duarte Coelho, e junto à qual tinham os seus alojamentos os Padres Carmelitas desde a sua entrada na Capitania, em 1580.
Chegando em 1588 o Padre Frei Pedro Viana (0.08), com a patente de Comissário dos Carmelitas observantes no Brasil e trazendo permissão do donatário Jorge de Albuquerque Coelho, residente em Lisboa, para fundar Conventos de sua Ordem na Capitania, resolveu construir logo um na Vila de Olinda, na própria localidade da residência dos Padres, junto à referida Capela, cuja doação lhe fora conferida por seus proprietários para semelhante fim, por escritura lavrada em 20 de agosto daquele ano de 1588, figurando como doadores Salvador Moreira e seu cunhado Pedro de Matos, como sucessores de Clemente Vaz Moreira, o fundador da Capela e como tais seus proprietários e padroeiros e como aceitante o Padre Frei Pedro Viana, representando os religiosos Carmelitas donatários, na sua qualidade de vigário e comissário da Ordem.
Por este instrumento público lavrado na vila de Olinda pelo Tabelião Cosme Colaço e no qual figuram como testemunhas pessoas qualificadas da colônia, como o capitão mor D. Filipe de Moura, Antônio Rodrigues, Antônio Correia e Bartolomeu Gil, Salvador Moreira e seu cunhado Pedro de Matos doaram a referida Capela B para todo o sempre aos Religiosos Carmelitas para aí fundarem um Convento de sua Ordem, com a condição de que B Aos bem aventurados Santo Antônio e São Gonçalo ficariam no altar mor ao lado de N. Sra. do Carmo, de ser o orago da casa sempre Santo Antônio, de o festejarem anualmente com missa cantada, comemoração do coro, de darem à casa o título de Convento de Santo Antônio do Carmo e de terem os doadores para si e seus herdeiros e descendentes sepultura na Igreja@.
Aceitas todas aquelas cláusulas pelo Padre Comissário Frei Pedro Viana, no mesmo dia, após a conclusão e assinatura do instrumento da doação, tomou ele posse solene da Capela como consta do competente auto lavrado pelo referido tabelião Cosme Colaço, firmado pelo alcaide mor de Olinda, Bartolomeu Alves Rodrigues e pelas testemunhas o capitão mor Filipe Calvacanti, Antônio Barbalho e Baltasar Leitão. (Continuação 1672) (A Ordem Carmelitana em Pernambuco, pág. 90)
*CRÔNICA DA PROVÍNCIA CARMELITANA FLUMINENSE.
24 ANOS DE SACERDÓCIO: Homenagem do Olhar.
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24 ANOS DE SACERDÓCIO: Homenagem do Olhar. por olharjornalistico
ANO ELIANO MISSIONÁRIO-2016: Elias no deserto
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Beato Frei Tito Brandsma, Carmelita, Mártir e Jornalista.
(Tradução: frei Bento Caspers, O. Carm. e Dom Vital Wilderink, O. Carm. Im Memoriam)
Elias, ao se ver abandonado, fugiu para o deserto e, desanimado, jaz prostrado por terra. Aparece-lhe um anjo que lhe ordena comer um pão assado sob cinzas, pão que o próprio anjo lhe dá. Come e recobra as forças. Por indicação do anjo, prossegue a caminhada pelo deserto até a montanha santa do Horeb. A Deus se lhe manifesta no sussurro de urna brisa suave. Agora se sabe unido a Deus, vê a Deus diante de si. "Deus vive - exclama - e estou em sua santa presença". Na confortadora certeza da presença divina, na convicção de estar diante de Deus, põe-se a executar a tarefa que Deus lhe confiara. Quando esta missão lhe permite uma breve trégua, volta a. solidão do Carmelo, a fim de confirmar e fortalecer a sua união com o Senhor, nesse retiro.
Lições contidas no episódio
1- Ao vermos nossa miséria e fraqueza, também nós nos sentimos arniúde desanimados. O mesmo acontece quando vemos a nossa vida aparentemente tão inútil e infrutífera para nós mesmos e para os outros. Mas o anjo de Deus, o anjo da guarda, virá então consolar-nos e encorajar-nos com as suas inspirações salutares.
2- O pão que o anjo deu de comer a Santo Elias é figura do Pão Celestial da Eucaristia, que nos foi preparado por Jesus na Sagrada Paixão. "Piscis assus Christus est passus" (Peixe assado é Cristo padecido). "Vinde a mim todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, e eu vos aliviarei".
3- Unidos a Jesus, poderemos também nós atravessar o deserto da vida com Santo Elias, até chegarmos ao monte santo da visão beatífica. "Per aspera ad astra" (Pelas asperezas até os astros).
4- O sussurro da brisa, no silêncio, símbolo da humildade e da mansidão, representa a voz de Jesus a nos dizer: "Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração, e achareis repouso para as vossas almas".
5 - Como Santo Elias, devemos ter sempre diante dos olhos do Deus vivo, crer-nos sempre na sua santa presença e assim executar a nossa tarefa.
6- A fim de guardar e consolidar esta crença - sempre que as nossas atividades o permitirem - devemos refugiar-nos na solidão e no silêncio do Carmelo.
Colóquio com Santo Elias
Alegrar-nos com ele pelo fato de que Deus nos manda o seu anjo, nas horas de dificuldades e desânimo, a fim de indicar-nos o caminho da contemplação divina e a fim de mostrar-nos, no Pão celeste, o alimento capaz de revigorar-nos para andar sem desfalecimento no caminho do deserto. Pedir-lhe que nos alcance a forca necessária para levantar-nos, á palavra do anjo, para comermos o Pão do céu e nos pormos a caminho. Deve alegrar-nos sobremodo o fato de avistarmos no horizonte a montanha sagrada, a perspectiva do céu. Sentir como Santo Elias o antegozo do paraíso. Predispor-nos para o exercício da presença de Deus no silêncio do nosso coração. Compenetrar-nos profundamente desta santa presença e viver nela.
Quarta-feira 17. Pensar não ofende...
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OLHAR EUCARÍSTICO... Quando eu era criança, a 90 anos atrás!!!... Quase. Rsss. Não tinha Padres, não tinha Missa, não tinha Igreja. Hoje temos Missa, Padres, Igrejas e, ao mesmo tempo, milhares e milhares de desculpas para não participar do Santo Sacrifício da Missa... Quer dizer, quando morre alguém da família vamos na Igreja com cara de tristeza e piedade. O que será necessário para termos consciência da importância da Santa Eucaristia em nossa vida? Frei Petrônio de Miranda, O. Carm. www.instagram.com/freipetronio
Vai Espírito Santo: Outro olhar sobre Pentecostes
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Por Frei Petrônio de Miranda, Padre Carmelita e Jornalista/RJ.
Vai Espírito Santo!
Converte os políticos corruptos revestidos de cordeiros
E renova o nosso país sob o domínio do fanatismo e do ódio.
Abre os nossos olhos nas próximas eleições municipais de 2024
E concede-nos uma sociedade politizada com os pés no chão.
Destrói a violência em nossas cidades e derruba os muros da homofobia
E fortifica-nos na luta pela justiça social, a ética e a paz.
Vai Espírito Santo!
Destrói as paredes da discriminação racial, religiosa e étnica
E mostra-nos o caminho do ecumenismo, do respeito e da amorosidade
Arranca do nosso coração o ódio e toda forma de totalitarismo
E ensina-nos a valorizar o diálogo e a convivência com a diferença.
Deleta da nossa convivência o espírito de competição, destruição e poder
E enche o nosso coração de alegria, compromisso social e solidariedade.
Vai Espírito Santo!
Liberta os jovens do mundo das drogas e do mundanismo
E orienta-nos a sermos família e irmãos de caminhada.
Conforta os depressivos e vítimas das diversas síndromes
E livra-nos do vazio existencial e da ausência do sagrado.
Desce nas penitenciárias, quebra as correntes das injustiças sociais
E converte os presos do mundo do crime, do roubo e da banalização da vida.
Vai Espírito Santo!
Entra no Palácio da Alvorada, ilumina os seus corredores e salas
E inspira ao Presidente da República na governabilidade justa e ética.
Visita o Congresso Nacional e a Câmara dos Deputados
E leva o grito de fome, dor, violência e desemprego do povo brasileiro.
Ó Espírito de luz, ilumina o Supremo Tribunal Federal
E concede aos nossos juízes e juízas os 7 dons em suas decisões.
Vai Espírito Santo!
Ó Espírito de justiça! Entra nos Gabinetes das Câmaras de Vereadores
E ensina-os a ficarem do lado do povo, e não das propinas e dos seus interesses.
Clareia os corredores e salas do Poder Executivo Municipal
E mostra-os as cidades abandonadas carentes de paz, trabalho e Educação.
Olha para a Ordem dos Advogados do Brasil
E orienta-os a advogar com justiça e equidade na defesa do pobre.
Vai Espírito Santo!
Ampara as famílias em situação de vulnerabilidade social
E enxuga as lágrimas de suor e dor das crianças que passam fome e frio.
Acompanha os sem-terra, sem teto e sem perspectiva de uma nova vida
E transforma as suas utopias em realidade apesar das noites escuras.
Visita às comunidades quilombolas e as aldeias indígenas
E fortalece-os em suas lutas pela dignidade e justiça.
Vai Espírito Santo!
Desce nas comunidades, favelas, cortiços, morros, becos e vielas
E protege às famílias com os corações despedaçados e ensanguentados.
Vem com o teu fogo abrasador e aquece-nos diante da insensibilidade
E converte os difamadores, arrogantes, sanguinários e fanáticos religiosos.
Inspira-nos na confiança e na esperança de um novo dia sem choro ou lagrimas
E não nos deixe desanimar diante dos vírus e das guerras avassaladoras.
Vai Espírito Santo!
Sacode a tua Igreja e liberta-nos das quatro paredes das sacristias e conventos
Ajudando-nos em nossa Missão Sinodal, missionária e misericordiosa.
Ó Espírito Santo, limpa das nossas igrejas a competividade e a ambição
E mostra-nos o caminho da fé autêntica e comprometida com a Boa Nova
Reanima os sacerdotes, religiosos, religiosas e comunidades de vida
E transformam-nos em homens e mulheres do anúncio e da denúncia.
Vai, vai Espírito Santo....
As 7 Dores de Maria Santíssima... As 7 Dores das Maria da vida
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Org. Frei Petrônio de Miranda, O. Carm
Em dois momentos do ano, a Igreja comemora as dores da Santíssima Virgem. O primeiro é o da Semana Santa e o do dia 15 de setembro.
A primeira comemoração é a mais antiga. Teve seu início em Colônia e em outras partes da Europa no século XV e, em 1727, quando a festa se estendeu para toda a Igreja, com o nome das Sete Dores, manteve-se a referência original da Missa e do Ofício da Crucifixão do Senhor.
Na Idade Média, havia uma devoção popular pelas cinco alegrias da Virgem Mãe e, pela mesma época, a festa foi enriquecida com outra festa em honra de suas cinco dores durante a Paixão.
Posteriormente, as penas da Virgem Maria foram aumentadas para sete e não somente compreenderam sua marcha até o Calvário, mas sua vida inteira.
Quando foi fundada a Congregação dos Servitas, os frades receberam a autorização de celebrar a memória das Sete Dores no terceiro domingo de setembro, todos os anos.
As sete dores da Santíssima Virgem que suscitaram maior devoção são: a profecia de Simeão, a fuga para o Egito, os três dias que Jesus esteve perdido, o encontro com Jesus levando a cruz, sua morte no Calvário, a descida da cruz e o sepultamento de Jesus.
1ª- Dor: Maria acolhe, com fé, a profecia de Simeão.
O velho Simeão os abençoou e disse a Maria, Sua mãe: "Eis que este menino está destinado a ser ocasião de queda e elevação de muitos em Israel e sinal de contradição. Quanto a ti, uma espada te transpassará a alma" (Lc 2,34-35).
Uma Prece
Ó Virgem dolorosa, intercede junto ao teu Filho pelas mães que tem a espada da dor rasgando o coração ferido pelas drogas destruído a família de Passa Quarta. São jovens que, vitimados por tal vício, fazem as suas mães sofrerem e silenciarem diante das noites escuras da vida e do vício.
Canto
Oh Maria concebida, sem pecado original. Quero amar-vos toda a vida, com ternura filial. Vosso olhar a nós volvei, vossos filhos protegei. Oh Maria! Oh Maria! /Vossos filhos protegei (bis)
2ª- Dor: Maria foge para o Egito com Jesus e José.
O Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e disse: "Levanta, toma o menino e a mãe, foge para o Egito e fica lá até que te avise. Pois Herodes vai procurar o menino para matá-lo. Levantando-se, José tomou o menino e a mãe, e partiu para o Egito" (Mt 2,13-14).
Uma Prece
Ó Virgem dolorosa, leva até o teu Filho o lamento das Marias refugiadas e peregrinas a procura de paz e de pão em suas mesas. Enxuga com o teu manto as lagrimas das mães que- para fugirem da Guerra da Ucrania- deixaram para trás não apenas uma casa, mas a própria história. Acalenta as mulheres que vieram para Passa Quatro de outras cidades, estados e países.
Canto
Sois estrela de bonança, entre trevas a brilhar. Sois farol de segurança, a quem sulca o negro mar. Vosso olhar a nós volvei, vossos filhos protegei. Oh Maria! Oh Maria! /Vossos filhos protegei (bis)
3ª- Dor: Maria procura Jesus perdido em Jerusalém.
Romaria anual até a Jerusalém. Três ou quatro dias de viagem. Famílias inteiras caminhando. Muita gente! Em Jerusalém triplica a população. As crianças pequenas vão com os pais. Os jovens de doze anos para cima se agrupam entre parentes e pessoas mais achegadas do povoado. À noite do primeiro dia do regresso a Nazaré, Maria e José se dão conta de que Jesus não estava com os parentes, nem com as pessoas mais achegadas. Susto, medo e sofrimento. Imediatamente, voltam para Jerusalém à procura do menino.
Depois de três dias de busca, eles o encontram no Templo, sentado no meio dos doutores, escutando e fazendo perguntas. Menino inteligente! Emoção muito grande para os pais. Mas Maria não esconde seu sofrimento e sua preocupação: "Meu filho por que fez isso conosco? Olhe, seu pai e eu, aflitos, te procurávamos". Maria não tem medo de dizer o que pensa e de perguntar pelo motivo das coisas que ela não entende e a fazem sofrer.
Uma Prece
Ó Virgem das Dores, Mãe de Deus e nossa! Consola as mães das 4 crianças assassinadas no dia de hoje em uma creche em Blumenau (SC). Leva até o teu Filho as preces de socorro das mães aflitas diante da fome, do desemprego e ajuda-nos a colocar em pratica a mensagem da Campanha da Fraternidade deste ano: “Dai-lhes vós mesmos de comer”.
Canto
Ao voltar do templo, Jesus não achais, que mágoa sofrestes. Bendita sejais.
Bendita sejais, Senhora das Dores, ouvi nossos rogos, Mãe dos pecadores.
4ª- Dor: Maria encontra-se com Jesus no caminho do Calvário.
"Ao conduzir Jesus, lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que vinha do campo, e o encarregaram de levar a cruz atrás de Jesus. Seguia-o grande multidão de povo e de mulheres que batiam no peito e o lamentavam" (Lc 23,26-27).
Uma Prece
Ó minha Mãe das Dores, suplico-vos pelas mães que são pais e mães na educação, alimentação e manutenção do lar, muitas vezes carregando a cruz do desemprego, da incompreensão da comunidade e da própria família.
Canto
Com a cruz às costas, Jesus encontrais, que dor indizível. Bendita sejais.
Bendita sejais, Senhora das Dores, ouvi nossos rogos, Mãe dos pecadores.
5ª -Dor: Maria permanece junto à cruz do seu Filho.
A mãe de Jesus está em pé junto à cruz do filho. Ela não fala. Mas o seu silêncio é mais eloquente que mil palavras! Ela é apoio silencioso ao filho na hora suprema da sua missão. Enfrenta a noite escura da Cruz e aguarda a madrugada da ressurreição
Jesus “disse à mãe: "Mulher, eis aí o seu filho." Depois disse ao discípulo: "Eis aí a sua mãe." E dessa hora em diante, o discípulo a recebeu em sua casa”. (João 19,26-27). É o "Discípulo Amado" que acolhe a Mãe de Jesus em sua casa. O Discípulo Amado é a nova Comunidade que cresceu ao redor de Jesus, é o filho que nasceu do Antigo Testamento. A pedido de Jesus, o filho, o Novo Testamento, recebe a Mãe, o Antigo Testamento, em sua casa. Os dois devem caminhar juntos. Pois o Novo não se entende sem o Antigo. Seria um prédio sem fundamento. E o Antigo sem o Novo ficaria incompleto. Seria uma árvore sem fruto. (Jo 19,15-27a).
Uma Prece
Ó Virgem Dolorosa, rogamos a vós pelas mães que permanecem junto aos seus filhos- Não importando o que eles fizeram ou como eles vivem- Simplesmente são mães que não desprezam o sangue do seu sangue, a carne da sua carne. A sua presença de mãe muitas vezes é silenciosa mas de suma importância para reerguenes muitos filhos caídos no mundo da depressão e da compreensão da sociedade.
Canto
Uma dura espada, de dores mortais, o peito Vos passa, Bendita sejais.
Bendita sejais, Senhora das Dores, ouvi nossos rogos, Mãe dos pecadores.
6ª- Dor: Maria recebe nos braços o Corpo de Jesus deposto da cruz.
"Chegada à tarde- porque era o dia da Preparação- isto é, a véspera de sábado, veio José de Arimateia, entrou decidido na casa de Pilatos e pediu o Corpo de Jesus. Pilatos, então, deu o cadáver a José, que retirou o Corpo da cruz" (Mc 15,42).
Uma Prece
Ó Santíssima Virgem Maria, Mãe das Dores e advogada nossa. Vos suplicamos pelas mães que choram os seus filhos vítimas da pandemia do novo coronavírus, da violência no trânsito, das catástrofes e tragédias. Ajuda-nos a valorizar a vida e, mesmo diante da morte sejamos também nós- a exemplo de José de Arimteia- exemplo de consolo, esperança e fé para tantos que choram os seus mortos.
Canto
Ó Virgem dolorosa, que aflita chorais, repleta de angústia, Bendita sejais.
Bendita sejais, Senhora das Dores, ouvi nossos rogos, Mãe dos pecadores.
7ª-Dor: Maria leva ao sepulcro o Corpo de Jesus à espera da ressurreição.
"Os discípulos tiraram o Corpo de Jesus e envolveram em faixas de linho com aromas, conforme é o costume de sepultar dos judeus. Havia perto do local, onde fora crucificado, um jardim, e no jardim um sepulcro novo onde ninguém ainda fora depositado. Foi ali que puseram Jesus" (Jo 19,40-42a).
Uma Prece
Ó Virgem dolorosa, consola as mães que na pandemia, na guerra ou nas tragédias, não poderam está junto ao corpo de seus filhos e filhas. Leva até Jesus as suas preces e acalenta os corações feridos e quebrados por tantas situações de morte e noites escuras que atormentam as nossas famílias.
Canto
Manda o céu um anjo, dizer que fujais, do ímpio Herodes. Bendita sejais.
Bendita sejais, Senhora das Dores, ouvi nossos rogos, Mãe dos pecadores.
Oração final
Nós vos louvamos, Santa Maria. Mãe fiel junto à cruz do Filho. Bendita sois vós, Rainha dos mártires. Associada à Paixão de Cristo, vos tornastes nossa mãe, sinal de esperança em nosso caminho. Amém!
Fontes; Frei Carlos Mesters, O. Carm, https://site.ucdb.br; https://www.miliciadaimaculada.org.br
Patriotas?....
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Patriotas?... É vergonhoso alguém que reza o terço, vai na Missa, Ler a Bíblia, faz parte de uma Pastoral ou Movimento da Igreja e defendem tais fanáticos e criminosos que usam da religião- E do nome Família, Deus e Pátria- para ameaçar e destruir as instituição democráticas. Frei Petrônio de Miranda, Frade Carmelita da Ordem do Carmo, Convento do Carmo de Angra dos Reis/RJ. www.instagram.com/freipetronio
Evangelho Dominical: 17º Domingo do Tempo comum
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Evangelho Dominical: 17º Domingo do Tempo comum (Lc 11,1-13), com Frei Petrônio de Miranda, O Carm. Convento do Carmo de Angra dos Reis/RJ. 24 de julho-2022.
Nem toda porta de Jesus é de Jesus...
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Frei Petrônio de Miranda, O. Carm. Padre Carmelita da Ordem do Carmo e Jornalista.
Convento do Carmo de Angra dos Reis/RJ. 09 de maio-2022.
Nesta segunda-feira, a Palavra de Deus nos adentra na espiritualidade cristológica da porta ou, como muitos dizem, do caminho pelo qual nós optamos: “Em verdade, em verdade vos digo, quem não entra no redil das ovelhas pela porta, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante. Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. A esse o porteiro abre, e as ovelhas escutam a sua voz; ele chama as ovelhas pelo nome e as conduz para fora”... (Jo 10,1-10).
Bem sabemos que as famosas parábolas- ou histórias que Jesus costumava contar- tinha como objetivo deixar uma palavra de conforto e fidelidade para o povo usando da própria realidade do cotidiano. Tal método era tão eficaz que, anos após anos pós-morte e ressurreição de Jesus, tais histórias ficavam na mente do povo e era passado de geração em geração.
É interessante relembrar que Ele conviveu com pastores que sobreviviam dessa cultura, portanto, era a vida que falava da vida sob a ótica da misericórdia de Deus e, ao mesmo tempo, das opções que aquele povo- e também nós- fazemos em nossas relações às vinte e quatro horas da nossa convivência com o nosso próximo.
Pastor, ovelhas, porta... Esta parábola parece bonita, mas por trás da história nos deparamos em nosso dia a dia com várias portas que aparentemente nos levam a Jesus, mas que, muitas vezes nos aliena e nos monopolizam no sentido social, político e religioso.
Hoje, entrar pela porta de Jesus Cristo na maioria das vezes é sinônimo de poder político, prestígio e statu quo. Que o diga o famoso caso do ministro da educação e pastor que, escandalosamente, desviava o dinheiro da pasta para comprar Bíblias. Lembramos ainda daquele padre que, vergonhosamente comprou fazendas, casas de praia e avião com doações dos fiéis- muitas vezes pobres- para a sua obra evangelizadora. Estes dois casos concretos e recentes comprovavam a complexidade da entrada pela porta oficial de Jesus.
Diante de tais relatos podemos nos perguntar, afinal, que porta é esta que devemos entrar? Ainda é possível encontrar esta passagem que nos leva a Boa Nova de Jesus? Como se livrar desses aproveitadores da fé do povo? Acho que a famosa frase do Sumo Pontífice, o Papa Francisco- repetida por diversas vezes em suas homilias- é um parâmetro para este seguimento. Ele fala que os padres tem que ser “pastores com cheiro de ovelha”. Ou seja, não é apenas um comunicador da TV ou das Mídias Sociais, mas sentir de perto as alegrias e tristezas do povo. Podemos dizer que, todo evangelizador tem que sujar as mãos na construção de um mundo mais ético, humano e solidário.
Portanto, não basta entrar pela “porta de Jesus”, é necessário fazer o que Jesus fazia, falar como Jesus falava. Exemplo: Como pode um cristão seguir a Boa Nova e defender o porte de armas ou espalhar mentiras através das mídias sociais? Como pode alguém dizer que segue Jesus Cristo e ser contra a democracia e as suas instituições? Como pode alguém ler a Bíblia e fechar os olhos para os mais de 12 milhões de desempregados que passa necessidade? Como pode alguém se dizer homem ou mulher de Deus e ser homofóbico. Que Deus nos livre desses “santos e imaculados religiosos e religiosas”. E tenho dito!
São José Operário: 1º de maio.
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A PALAVRA DO FREI PETRÔNIO- Com Frei Petrônio de Miranda, O. Carm- Direto da Comunidade Capim, Lagoa da Canoa/AL. 1º de maio-2022. Nota: Esta celebração litúrgica foi instituída em 1955 pelo papa Pio XII, diante de um grupo de trabalhadores reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano.
A Palavra do Frei Petrônio-Evangelho Dominical.
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A PALAVRA DO FREI PETRÔNIO- Com Frei Petrônio de Miranda, O. Carm- Direto da Praia das Gordas, Angra dos Reis/RJ, deixa para você um olhar sobre o Evangelho Dominical deste domingo, dia 6 de janeiro-2021. (Lc 5, 1-11).
O Suicídio de um Padre
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O Frei Petrônio de Miranda, O. Carm- Direto de Angra dos Reis/RJ- comenta o suicídio do padre Geraldo de Oliveira, de 77 anos. Ele foi encontrado sem vida, na terça-feira (1°), na Igreja Matriz de São Sebastião, em Surubim, no Agreste de Pernambuco e pertencia a Diocese de Nazaré. Angra dos Reis/RJ. 3 de fevereiro-2022.
A Palavra do Frei Petrônio- Evangelho do dia. (Quinta-feira, 27)
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A PALAVRA DO FREI PETRÔNIO- Com Frei Petrônio de Miranda, O. Carm- Direto do Convento do Carmo de Angra dos Reis/RJ, deixa para você um olhar sobre o Evangelho desta quinta-feira, 27 de janeiro-2021. (Mc 4, 21-25).
Será?... Outro olhar sobre o Natal.
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Por Frei Petrônio de Miranda, O. Carm. Comunidade Capim, Lagoa da Canoa/AL. 24 de dezembro-2021.
Será que o Menino Deus vai nascer no coração de um corrupto que desviou o dinheiro do combate a pandemia do novocoronavirus, tendo como consequência a morte de milhares neste Brasil de meu Deus?
Será que o Menino Deus vai nascer no coração de um negacionista que, durante todo ano de 2021 humilhou, agrediu- com palavras ou fisicamente- os profissionais da saúde no combate ao coronavírus?
Será que o Menino Deus vai nascer no coração de “cristãos” verdadeiros lobos disfarçados de cordeiros que foram para ruas pedindo a volta da Ditadura Militar, gritaram a favor do porte de armas e tentaram derrubar as instituições democráticas do nosso país?
Será que o Menino Deus vai nascer no coração de consumistas que, mesmo diante da fome, do desemprego- mais de 15 milhões de desempregados- fecharam os olhos para a fome estampada nos olhos de crianças, adolescentes, jovens e adultos?
Será que o Menino Deus vai nascer no coração de pais que, mesmo estando semanalmente na Igreja, foram estúpidos, ignorantes, arrogantes e violentas na família, a ponto de provocar o divórcio e a quebrar a família?
Será que o Menino Deus vai nascer no coração de jovens que se deixaram levar ao logo do ano pela droga, o sexo, o consumismo e a bebedeira, deixando assim os pais tristes, preocupados e deprimidos?
Será que o Menino Deus vai nascer no coração daqueles que, mais um ano foram sinais de fofocas no trabalho, na família, na Igreja e no cotidiano?
Será que o Menino Deus nasce no coração daqueles que destruíram o nosso bioma; a Amazônia, o Cerrado, a Caatinga, a Mata Atlântica o Pantanal e Pampa em nome da lucratividade, deixando assim a mãe natureza chorando?
Será que o Menino Deus vai nascer no coração de alguém que usa a religião para separar, discriminar, condenar e crucificar?
Será... E tenho dito!
Ele está entre nós
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Ele está entre nós... Por Frei Petrônio de Miranda, O. Carm. Comunidade Capim, Lagoa da Canoa/AL. 25 de dezembro-2021.
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